segunda-feira, 19 de abril de 2010
terça-feira, 6 de abril de 2010
Burrice
Há pessoas que precisam mais que palavras, emails ditos e escritos de maneira clara e exata pra entender que não são bem vindas, mas quando a pessoa é burra e ordinária além de paciência e muita pena de tal individuo o que mais nos resta ter, agora só a lei do silêncio pra ver se certos burros andam pra frente e não pensam ser caranguejo.
sábado, 3 de abril de 2010
Beatriz
"Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ai, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida"
Chico Buarque e Edu Lobo
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ai, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida"
Chico Buarque e Edu Lobo
Not Sorry
"Keep on looking through the window again | |
But I'm not sorry if I do insult you | |
I'm sad not sorry 'bout the way that things went | |
And you'll be happy and I'll be forsaken thee | |
I swore I'd never feel like this again | |
But you're so selfish,you don't see what you're doing | |
to me | |
I keep on looking through the window again | |
No, I'm not sorry if I do insult you | |
No, I'm not sorry if I do insult you | |
You told me lies | |
(And I sighed, and I sighed, and I sighed) | |
'Cos you lied, lied and | |
(I cried, yes I cried, yes I cried) | |
(I cry, I cry, I try) again | |
I realize as he sighed and | |
(he sighed and, he sighed) | |
'Cos you lied, lied and | |
(I cried, yes I cried, yes ) | |
(I cry, I cry, I try ) again | |
Keep on looking through the window again | |
But I'm not sorry if I do insult you | |
I'm sad not sorry 'bout the way that things went | |
And you'll be happy and I'll be forsaken thee | |
I swore I'd never feel like this again | |
But you're so selfish, you don't see you're doing to | |
me | |
I keep on looking through the window again | |
No I'm not sorry if I do detest you | |
No I'm not sorry if I do detest you" The cranberries |
sexta-feira, 2 de abril de 2010
As Coisas Transitórias
"Irmão,
nada é eterno, nada sobrevive.
Recorda isto, e alegra-te.
A nossa vida
não é só a carga dos anos.
A nossa vereda
não é só o caminho interminável.
Nenhum poeta tem o dever
de cantar a antiga canção.
A flor murcha e morre;
mas aquele que a leva
não deve chorá-la sempre...
Irmão, recorda isto, e alegra-te.
Chegará um silêncio absoluto,
e, então, a música será perfeita.
A vida inclinar-se-á ao poente
para afogar-se em sombras doiradas.
O amor há-de ser chamado do seu jogo
para beber o sofrimento
e subir ao céu das lágrimas ...
Irmão, recorda isto, e alegra-te.
Apanhemos, no ar, as nossas flores,
não no-las arrebate o vento que passa.
Arde-nos o sangue e brilham nossos olhos
roubando beijos que murchariam
se os esquecêssemos.
É ânsia a nossa vida
e força o nosso desejo,
porque o tempo toca a finados.
Irmão, recorda isto, e alegra-te.
Não podemos, num momento, abraçar as coisas,
parti-las e atirá-las ao chão.
Passam rápidas as horas,
com os sonhos debaixo do manto.
A vida, infindável para o trabalho
e para o fastio,
dá-nos apenas um dia para o amor.
Irmão, recorda isto, e alegra-te.
Sabe-nos bem a beleza
porque a sua dança volúvel
é o ritmo das nossas vidas.
Gostamos da sabedoria
porque não temos sempre de a acabar.
No eterno tudo está feito e concluído,
mas as flores da ilusão terrena
são eternamente frescas,
por causa da morte.
Irmão, recorda isto, e alegra-te. "
Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
Tradução de Manuel Simões
Assinar:
Postagens (Atom)